A Doença de Parkinson e o risco aumentado de quedas

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  • Em que consiste a Doença de Parkinson?

A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurológica muito conhecida pelos seus sintomas, especialmente o tremor, afetando assim os movimentos. Além do tremor de repouso (condição que ocorre quando o segmento corporal está relaxado ou fora da ação da gravidade) outros sintomas são comuns na progressão da doença, como rigidez muscular, lentidão dos movimentos, alterações na fala e instabilidade postural. Entretanto, esses sintomas podem ou não estar associados à Doença de Parkinson em si, uma vez que o paciente pode possuir outras doenças que cursam com síndrome parkinsoniana, ou seja, com os mesmos sintomas da DP.

  • Qual a relação entre a Doença de Parkinson e risco de quedas?

Diante disso, abordaremos nesse artigo algo muito prevalente que é o risco aumentado de quedas, principalmente em idosos com DP ou com Parkinsonismo. Isso provavelmente ocorre, dentre outros fatores, pela diminuição da dopamina (neurotransmissor importante na fisiopatologia da DP), afetando diretamente e indiretamente a coordenação motora através dos sintomas supracitados

Com isso, de acordo com especialistas da Parkinson 's Foundation, pessoas que sofrem de Doença de Parkinson apresentam risco de quedas duas vezes maior em comparação com pessoas saudáveis da mesma idade.

Tal fato ocorre por vários fatores, desde diretamente ligados à DP como à própria idade. Por exemplo, o ato de calçar sapatos inclinando o corpo, levantar-se de uma cadeira ou da cama pode provocar tanto desequilíbrio em si quanto a queda da pressão arterial (hipotensão postural/ortostática), gerando tonturas, o que aumenta a possibilidade de quedas.

Além disso, um sintoma muito evidente na DP é a dificuldade de dormir que gera fadiga, cansaço, instabilidade emocional e todos esses fatores somados aumentam o risco de quedas.

Segundo Takeuti (2011, p. 237), um estudo que correlaciona equilíbrio e incidência de quedas em pacientes portadores de DP mostrou que 80% dos pacientes apresentaram déficit de equilíbrio e 70% sofreram pelo menos um episódio de queda nos últimos seis meses.

  • O que é importante levar desse tema?

Torna-se importante que médicos e os outros profissionais da saúde envolvidos no manejo da doença de Parkinson, bem como os cuidadores e familiares dos pacientes unam-se na tentativa de reduzir ao máximo o número de quedas nos pacientes portadores de DP, uma vez que elas pode prejudicar muito a qualidade de vida através de fraturas e traumas psicológicos.

Além disso, vale ressaltar a importância de o paciente com DP tenha um contínuo acompanhamento com um neurologista, a fim de obter o controle adequado da doença e se preciso for, dependendo do grau em que ela esteja, pode ser que haja a indicação da realização da cirurgia de Estimulação Cerebral profunda (DBS) com um neurocirurgião. Para saber mais sobre a cirurgia de Estimulação Cerebral Profunda clique aqui e assista o vídeo explicativo.

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